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Hmmm… meu chefe

por Lisa Polloni
25 de setembro, 2025

Hmmm… meu chefe

Deixa te contar como é a relação com meu chefe nesse corre-corre corporativo. Parece que cada dia no escritório é uma batalha pra manter a sanidade. Quando meu chefe vem com um feedback que dói, critica meu trabalho ou age como se eu fosse invisível, isso bagunça minha cabeça. Não é como se eu estivesse lidando com uma crise apocalíptica ou com a conta bancária virada, mas esses momentos vão minando quem eu sou, me deixando estressado e esgotado. Queria um bom chefe — que me apoia de verdade — ele poderia mudar o jogo, transformando o trabalho num lugar onde me sinto visto, valorizado e pronto pra dar o meu melhor.

Do Campo de Batalha

Por mais de três décadas, liderei equipes nessa selva corporativa — alguns dias me sentindo a mestre na navegação, outros como se estivesse apenas tentando não afundar. Tive momentos em que acertei em cheio, inspirando minha equipe a arrasar, e outros em que tropecei feio, deixando pessoas se sentindo desvalorizadas ou ignoradas. A verdade? Ser um grande chefe não é sobre ter todas as respostas, mas sobre estar presente, aprender com os erros e criar um espaço onde sua equipe possa brilhar. Aqui está o que aprendi, com cicatrizes e tudo, sobre liderar com coração e construir um ambiente de trabalho que eleva todo mundo.

Por Que Dói Tanto (E Por Que Eu Entendo)

Nosso cérebro ainda funciona como se estivéssemos fugindo de tigres-dentes-de-sabre na selva. Uma palavra dura ou uma atitude fria de um chefe pode nos jogar no modo pânico — lutar, fugir ou congelar. Já estive dos dois lados: como funcionário, sentindo o peso de um feedback cruel, e como chefe, sem perceber que minhas palavras acertavam como um soco. Lembro que uma vez  explodi com um colega durante um projeto importante e estávamos sob pressão e eu achando que estava sendo “só direto, feedback-on-the-spot”. O olhar dele me marcou. Não era só sobre o trabalho — aquilo abalou a confiança dele. Esse momento me ensinou: quando as pessoas se sentem inseguras ou desvalorizadas, a centelha criativa e resolutiva delas apaga. Um chefe que entende isso pode mudar a vibe, criando um espaço onde a equipe se sente pronta para brilhar.

Como Liderar Sem Perder a Alma

Aqui está o guia que construí ao longo de 30 anos — lições duramente conquistadas com meus acertos e erros — para criar um ambiente de trabalho onde sua equipe não apenas sobrevive, mas prospera.

  1. Seja Curioso, Divertido, Não Julgue

Eu costumava achar que sabia por que alguém estava falhando — preguiça, distração, sei lá. Mas quando julgava rápido demais, perdia a história real: estresse, problemas pessoais ou só um dia ruim, parte da humanidade comum que todos compartilhamos. Certa vez, chamei um colega que estava com dificuldades e descobri que ele enfrentava uma crise familiar — coincidentemente a mesma que eu enfrentava na minha casa. Isso me abalou. Muito. Agora, pergunto: “O que está acontecendo, precisa de ajuda, quer falar?” em vez de “Por que isso não tá pronto?”. Ser curioso e estar presente cria confiança — é como dizer: “Eu te vejo, e tô aqui.” Essa confiança faz as pessoas se esforçarem, não só pela empresa, mas por elas mesmas, por todos nós como seres humanos.

  • Dica de Ouro: Pergunte: “Quais as dificuldades desse projeto? O que você precisa?” Abre a porta para uma conversa verdadeira sem encurralar ninguém.
  1. Fale Como Humano, Não Como Máquina

Palavras importam, e aprendi isso na marra. No começo, eu soltava feedbacks como um sargento, achando que era eficiência. Alerta de spoiler: não era. As pessoas se fechavam ou ficavam na defensiva. Certa vez, ignorei uma pergunta de um colega numa reunião, e vi ele murchar. Me senti péssimo depois. Agora, começo com algo real: “Estou vendo que você tá ralando nisso, parabéns pelo esforço.” Depois, entro no feedback: “Vamos ajustar essa parte — me conta como você pensou nisso.” Evite o clima de “Por que você estragou tudo?” — é uma armadilha. Em vez disso, pergunte: “Como você chegou nessa escolha?” Isso mantém a conversa honesta e produtiva.

  • Dica de Ouro: Escute de verdade. Esteja presente. Ouvidos ligados, ego desligado. Quando sua equipe se sente ouvida, ela se sente segura para ser quem é.
  1. Foque no Trabalho, Não na Pessoa

Já cometi o erro de rotular pessoas — chamando alguém de “gênio”. É injusto e mata a motivação do time. Um dos meus maiores arrependimentos foi repreender uma equipe por um prazo perdido sem entender o contexto, só para descobrir depois que estavam sobrecarregados. Agora, mantenho o foco no trabalho, não na pessoa. Se algo dá errado, digo: “Esse relatório precisa de ajustes — vamos resolver juntos.” Se for um acerto, digo: “Essa apresentação ficou incrível,” não “Você é um gênio.” Deixe sua equipe arriscar e aprender sem sentir que o valor dela está em jogo. É assim que eles crescem — e você também, como líder.

  • Dica de Ouro: Pequenos gestos fazem a diferença. Um rápido “Mandou bem nisso” ou um “Tá tudo bem com você?” pode mudar o dia de alguém. Que tal um GIF engraçado?

A Verdade Nua e Crua

O corre-corre corporativo é implacável, e nem sempre acerto. Tive dias em que estava cansada, estressada ou simplesmente fora de sintonia, e voltei para os velhos hábitos — sendo direta demais ou perdendo a chance de me conectar.

Mas aprendi que liderar não é sobre perfeição; é sobre aparecer com coração. Ao sintonizar com o que minha equipe sente, falar com respeito e assumir meus erros, vi meu time passar de apenas sobreviver a absolutamente arrasar.

Seja o chefe que faz as pessoas se sentirem vistas, valorizadas e seguras para serem quem são. Não é só sobre vencer no trabalho — é sobre construir um lugar onde todos podem prosperar, não importa quão dura seja a jornada.

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Entre em contato para saber mais sobre meu trabalho e sobre como podemos construir juntos um ambiente de empatia e transformação. Vou adorar conhecê-lo(a).

© Lisa Polloni, 2025